Conteúdo/ODOC – O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro (PSD), afirmou que só deve deixar o cargo em março de 2026, quando pretende se desincompatibilizar para disputar a reeleição ao Senado. Apesar de reconhecer as pressões constantes pela sua saída, Fávaro declarou que sua permanência à frente da pasta é uma decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Em entrevista à Rádio 104 FM de Rondonópolis, nesta sexta-feira (28), o ministro desabafou sobre os ataques que recebe desde que assumiu o Ministério da Agricultura, especialmente após o desgaste causado pela paralisação momentânea do Plano Safra, devido à não aprovação do orçamento no Congresso Nacional. O governo, no entanto, editou uma medida provisória para assegurar os recursos.
“Estou há 2 anos e 2 meses, 112 semanas, como ministro. A cada semana sim, semana não, surgem boatos de que vou cair: ‘Ah, o Fávaro caiu, porque o Congresso quer o cargo do Fávaro’. Mas eu sei que isso tem a ver com a minha decisão consciente de apoiar o presidente Lula, mesmo num setor que, majoritariamente, foi contra ele. Eu viro um troféu”, disse o ministro.
Apesar das críticas, Fávaro destaca os resultados obtidos durante sua gestão, como a abertura de 334 novos mercados internacionais para os produtos brasileiros. “Nunca na história houve tanto mercado aberto. Ampliamos as oportunidades para a pecuária e fortalecemos o apoio à agricultura familiar”, afirmou.
O ministro também reafirmou que seguirá no cargo até que Lula decida o contrário. “Tenho certeza de que, quando o presidente precisar, ele vai pedir o cargo, e eu vou entregar com muita satisfação. Continuarei dando suporte a ele no Congresso Nacional”, finalizou.