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Advogado condenado por integrar facção é nomeado membro da Comissão de Ética da OAB


Conteúdo/ODOC – A 6ª Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Sinop ( a 500 km de Cuiabá) nomeou o advogado Roberto Luís de Oliveira como membro da Comissão de Ética e Disciplina.

O advogado foi condenado recentemente a cinco anos, cinco meses e 10 dias de reclusão, em regime semiaberto, no âmbito da Operação Gravatas, por integrar organização criminosa.

Ele publicou o documento da nomeação nas redes sociais e comemorou a conquista: “Muito honrado em fazer parte desta comissão”, disse.

A Gravatas foi deflagrada no dia 12 de fevereiro do ano passado pela Delegacia de Tapurah.

Além de Roberto Luís, foram condenados as advogadas Jessica Daiane Marostica e Hingritty Borges Mingotti. O advogadoTallis de Lara Evangelista foi absolvido por falta de provas.

Na decisão, o juiz Anderson Clayton Dias Batista, da 5ª Vara Criminal de Sinop, afirmou que os advogados atuaram à margem da lei para favorecerem membros de uma facção criminosa, repassando informações sigilosas, facilitando a comunicação entre líderes presos e integrantes soltos e contribuindo para a realização de crimes graves, como tortura.

O magistrado ainda determinou a suspensão das atividades funcionais de Roberto na esfera criminal, além de proibi-lo de entrar em estabelecimentos prisionais ou unidades policiais.

Ele também foi obrigado a usar tornozeleira eletrônica, bem como de se recolherem em casa no período noturno, das 22h às 05h.

Operação Gravatas

O policial Leonardo Qualio também foi alvo da operação, mas responde o processo separado na Justiça Militar.

A investigação da Delegacia de Tapurah aponta que os líderes da facção se associaram de forma estruturalmente ordenada aos quatro advogados e ao policial, que realizavam diversas tarefas para além da atividade jurídica legal, ou seja, atuaram à margem da lei com o propósito de embaraçar investigações policiais, repassar informações da atuação policial em tempo real, auxiliar em crimes, como tortura, realizando o levantamento de dados das vítimas.

Ainda são acusados de intermediar a comunicação entre os líderes da organização criminosa, que estão presos, com outros integrantes que estão soltos



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