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Fungo antártico pode substituir pesticidas sintéticos

Essa descoberta pode representar um avanço significativo. O fungo, denominado Penicillium palitans, foi coletado a mais de 400 metros de profundidade

Foto: Pixabay

Cientistas brasileiros e americanos descobriram um fungo isolado dos sedimentos marinhos profundos do Oceano Austral, na Antártica, com potencial para o desenvolvimento de biopesticidas naturais. A pesquisa, realizada por instituições como a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Embrapa Meio Ambiente e o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), identificou substâncias bioativas como a penienona e a palitantina, com ação antifúngica e fitotóxica. A penienona, em particular, mostrou eficácia contra o fungo Colletotrichum fragariae, responsável pela antracnose em diversas culturas agrícolas.

O fungo, denominado Penicillium palitans, foi coletado a mais de 400 metros de profundidade e revelou compostos com promissores efeitos contra pragas agrícolas, sugerindo uma alternativa sustentável aos agroquímicos sintéticos. A pesquisadora Débora Barreto, da UFMG, destaca a biodiversidade única da Antártica, com organismos adaptados a condições extremas, o que torna a região um local promissor para a busca de novos compostos biotecnológicos.

Apesar das grandes promessas, a coleta de amostras na Antártica é desafiadora e exige intensos preparativos logísticos, com expedições que podem durar até um ano e a coleta de sedimentos marinhos exigindo trabalho contínuo de até 24 horas. Os pesquisadores agora enfrentam o desafio de transformar essas substâncias em produtos comerciais, passando por testes adicionais para garantir sua segurança, eficácia e estabilidade em campo.

Essa descoberta pode representar um avanço significativo para a biotecnologia agrícola, com o potencial de reduzir a dependência de pesticidas sintéticos e contribuir para a Saúde Única, um conceito que integra a saúde humana, animal e ambiental. O estudo, parte do Programa Antártico Brasileiro (Proantar), recebe apoio do CNPq e da Marinha do Brasil, e abre novas perspectivas para o uso de organismos extremófilos na agricultura.

Agrolink – Leonardo Gottems
Publicado em 07/03/2025 às 06:26h.

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