Esse ácaro é vetor do vírus Coffee Ring Spot Virus. Segundo Frederico Gianasi, Consultor de Desenvolvimento de Mercado da IHARABRAS S/A Indústrias Químicas, muitas lavouras de café apresentaram neste ano sintomas aparentes de cercospora nos frutos, mas nem tudo é causado diretamente pelo fungo. As condições climáticas de altas temperaturas, estiagem e nutrição desequilibrada criaram um ambiente propício para o desenvolvimento da doença, mas o ácaro da mancha anular, também conhecido como ácaro da leprose, tem papel relevante nesse cenário.
Esse ácaro é vetor do vírus Coffee Ring Spot Virus, que infecta os frutos e facilita a entrada de patógenos como a Cercospora e a Colletotrichum gloeosporioides, causadora da antracnose. Gianasi explica que, após a florada, o ácaro ataca os chumbinhos, deixando lesões circulares ou anelares, mais visíveis em frutos vermelhos. Com o avanço da infecção, ocorre a queda prematura dos frutos, comprometendo a produtividade.
Além dos frutos, o ácaro também afeta as folhas, provocando sintomas próximos às nervuras e deixando as plantas ocas — um dano frequentemente confundido com outros problemas agronômicos. A colheita mecanizada, embora essencial para a eficiência no campo, pode contribuir para a disseminação da praga entre lavouras.
“A colheita mecanizada é a principal forma de disseminação desta praga nas lavouras.(Não estou condenando a colheita mecanizada mas é fato que ela facilita a disseminação). O momento de manejo é no pós colheita e pós florada estes dois momentos são estratégicos na lavoura para evitar prejuízos com o ácaro, outro momento importante é agora na janela de pré colheita de abril a maio para baixar a população!”, conclui.
Agrolink – Leonardo Gottems
Publicado em 11/04/2025 às 06:43h.
