No Brasil, a Conab revisou para cima sua estimativa de produção – Foto: Canva
De acordo com a TF Agroeconômica, os contratos futuros da soja na Bolsa de Chicago (CBOT) encerraram o pregão desta quinta-feira (data não especificada) em alta, impulsionados por um relatório favorável do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). O contrato de maio, referência para a safra brasileira, subiu 1,60%, ou 16,25 cents/bushel, fechando a US$ 1029,00. Já o contrato de julho avançou 1,29%, encerrando a US$ 1036,75. Também houve valorização nos derivados: o farelo de soja subiu 1,15%, cotado a US$ 297,9 por tonelada curta, e o óleo de soja subiu 0,28%, fechando em US$ 46,32 por libra-peso.
O principal fator por trás da alta foi a divulgação do novo relatório WASDE, que trouxe uma perspectiva positiva para a oleaginosa nos EUA. Para a temporada 2024/25, o USDA indicou aumento nas importações, maior volume de esmagamento e estoques finais mais baixos, sinalizando maior demanda interna. Globalmente, o relatório apontou estoques iniciais mais altos, produção um pouco reduzida, mas também crescimento nas exportações, no esmagamento e nos estoques finais.
No Brasil, a Conab revisou para cima sua estimativa de produção de soja para a safra 2024/25, agora projetada em 167,87 milhões de toneladas. Com esse ajuste, a previsão de exportações no ano comercial de 2025 também foi elevada em 110 mil toneladas, alcançando 105,86 milhões de toneladas, refletindo a expectativa de maior oferta interna e competitividade no mercado externo.
Apesar do cenário positivo em termos de produção e oferta, as vendas externas na primeira semana após o chamado “tarifaço” somaram apenas 171 mil toneladas, número abaixo das expectativas do mercado. Esse dado indica que, mesmo com fundamentos de oferta fortalecidos, os desdobramentos fiscais e comerciais recentes ainda geram cautela nos embarques internacionais.
Agrolink – Leonardo Gottems
Publicado em 11/04/2025 às 08:00h.
