Conteúdo/ODOC – A juíza Janaína Cristina de Almeida decidiu manter a prisão preventiva de José Edson Douglas Galdino Santos, acusado de assassinar a ex-esposa Lorrane Cristina Silva de Lima, com requintes de crueldade, no município de Diamantino (a 182 km de Cuiabá). O crime foi cometido na frente dos filhos da vítima.
A magistrada rejeitou o pedido de revogação da prisão na última sexta-feira (11), e ratificou a decisão que envia o réu a julgamento pelo Tribunal do Júri. Para ela, os fundamentos que justificaram a prisão inicial seguem válidos. A juíza destacou que a gravidade do crime, aliado ao risco de reincidência e à necessidade de resguardar a ordem pública, impõem a manutenção da medida cautelar.
Além de ser acusado de feminicídio e homicídio qualificado por motivo torpe, meio cruel, uso de recurso que dificultou a defesa da vítima e por violência doméstica, José Edson também responde pelo crime ter sido cometido na presença de descendente da vítima, o que agrava ainda mais a situação processual.
Lorrane foi morta com pelo menos 10 golpes de faca, segundo a investigação da Polícia Civil. Um dos filhos do casal presenciou o ataque. O corpo da mulher foi encontrado em 13 de março, mas a polícia acredita que o crime tenha ocorrido dois dias antes.
A violência foi descoberta após a professora das crianças estranhar a ausência de Lorrane e acionar a Polícia Militar. As crianças foram encontradas sozinhas em casa. A mais velha relatou que a mãe “estava dormindo” e que o padrasto havia saído para comprar remédio.
Quando os policiais entraram no imóvel, encontraram Lorrane já sem vida, caída no chão em meio a uma poça de sangue. A faca utilizada no crime estava ao lado do corpo.
Durante as investigações, José Edson confessou que, mesmo com a ex-companheira agonizando, usou a digital dela para acessar seu celular e em seguida fugiu levando o aparelho. Ele foi localizado dias depois escondido em Rurópolis, no interior do Pará, e capturado por força de um mandado de prisão.
