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MATO GROSSO: Eleição na FMF vira caso de polícia e expõe fraudes

Oliveira Júnior – Editor de Esportes de A Gazeta/esportes@gazetadigital.com.br

uborno, coação, falsificação de documentos, fraude, compra de votos e ameaças; a disputa pelos votos dos dirigentes de clubes de Mato Grosso para a eleição na Federação Mato-grossense de Futebol (FMF), virou caso de polícia.

O pleito marcado para o dia 3 de maio envolve duas chapas: a Federação para todos, encabeçada pelo empresário João Dorileo Leal e a da situação: Progresso no futebol, do atual mandatário Aron Dresch, que busca a segunda reeleição na entidade.

Após uma série de denúncias chegar ao Ministério Público do Estado de Mato Grosso (MPMT), dando conta da manipulação do processo sucessório, que envolvia coação, ameaças e até compra de votos, a chapa da oposição se deparou com a comprovação dos fatos, que veio por meio da descrição de gravação de mensagens de voz/conversas, entre emissários ou aliciadores da FMF e dirigentes.

Numa das descrições, um dirigente deixa claro que a FMF repassaria R$ 50 mil ao clube, desde que ele assinasse um documento em branco, apoiando a reeleição de Dresch; isso meses antes do edital da eleição ser publicado.

Em outra gravação, um radialista, ligado ao clube de Chapada, que usou o CNPJ do Poconé, para disputar o Estadual da Segunda Divisão, também fala em dinheiro e numa negociação para apoiar obrigatoriamente Aron Dresch.

Por fim, após vários dirigentes contestarem o uso indevido de suas assinaturas na chapa de Dresch, numa clara falsificação de documentos, o ex-presidente do União, Reydner Souza, ingressou com uma queixa-crime na 8ª Vara Criminal de Cuiabá, contra o presidente da FMF, Aron Dresch, alegando falsidade ideológica, cujo crime é previsto no Código Penal, com pena de 1 a 5 anos.

Falsificações

Ex-presidente do União de Rondonópolis e candidato a vice na Chapa de oposição Reydner Souza ainda afirmou que a falsificação das assinaturas na chapa de Aron, foi grosseira.

A FALSIFICAÇÃO DA DATA das subscrições são tão chulas, que foram feitas à mão (apesar do documento ter sido redigido digitalmente), e todas as 22 (vinte e duas) apresentadas COM IDÊNTICA CALIGRAFIA e IDÊNTICA DATA 15 de abril de 2025 (data da publicação do Edital de Convocação), à título de exemplo, colacionamos 02 (duas) delas: Essa FRAUDE ELEITORAL causou tamanha indignação dos clubes e ligas componentes do Colégio Eleitoral da FMF, que vários deles se apresentaram perante esta Chapa ora Impugnante Federação para Todos.

Clube desconhecido

No documento de impugnação os advogados denunciam nova irregularidade, citando a inclusão de um votante que não constava da listagem do processo eleitoral.

O atual Presidente da Federação Mato-grossense de Futebol Sr. Aron Dresch, REGISTROU A JATO a Chapa ora impugnada Progresso no Futebol, ocupando o cargo de Presidente desta. Verifica-se desse registro a subscrição de 22 (vinte e dois) clubes e ligas, e, destes, 21 (vinte um) clubes e ligas aptos, considerando o JUARA ATLETICO CLUBE, presidido pelo Sr. Vicente Antonio de Souza, não constar na relação do Colégio Eleitoral da FMF, publicada no Edital de Convocação outrora referenciado, cita o documento.

Em seguida a petição denuncia a existência de fraude. No mencionado processo eleitoral foram registradas as 02 (duas) mencionadas Chapas. Contudo, no seu decorrer se constatou a ocorrência de FRAUDE pela Chapa Progresso no Futebol, a qual comprovadamente se utilizou de meios ilegais para impedir o direito à livre escolha, e o acesso a diferentes opções, dos clubes e ligas do Colégio Eleitoral da FMF, razão pela qual ora a IMPUGNA, no prazo legal estipulado pelo Regulamento, relata.

Premeditação

O pedido de impugnação ainda cita a premeditação dos crimes pela chapa de Aron, que exigia que somente poderão ser sufragadas chapas completas que sejam sido subscritas por, no mínimo, 5 (cinco) associações ou sociedades com direito a voto. Somente será permitida à associação ou sociedade filiada, com direito a voto, subscrever a indicação de uma chapa, cujo registro será apreciado pela Diretoria Executiva da FMF; na hipótese de a mesma associação ou sociedade subscrever a indicação de mais de uma chapa, só será considerada válida, para os efeitos do disposto neste artigo e seus parágrafos, a que tiver sido protocolada em primeiro lugar na FMF, consideradas nulas todas as demais subsequentes. (…) Isto porque todas as Certidões Judiciais de Processos anexadas ao rol de documentos apresentados pela Chapa Progresso no Futebol, foram emitidas no dia 18 de março de 2025, há aproximadamente 01 (um) mês antes, cita.

Compra de votos

O documento cita textualmente que no decorrer do mandato de 2021/2024, Dresch efetuou vergonhosa compra de votos, mediante coação dos mencionados clubes, ao que tudo indica, com o próprio dinheiro da Federação, para perpetuação de poder.

A transcrição das falas do presidente do Chapada Futebol Clube, Orivaldo Rondon, a Vinícius Falcão Arruda, onde Marcelo de Carvalho Souza, procurador que assinou a subscrição desse clube à chapa Progresso no Futebol, aponta coação daquele primeiro a apoiar essa chapa e lhe conceder uma procuração pública, mencionando anterior suposta compra de voto mediante pagamento em dinheiro, transcrevemos seu teor:

“Fala, Orivaldo, boa noite, como é que você está, meu amigo, tudo bem? Como estão as coisas? Então, Orivaldo, teve essa dívida aí, né? Gilberto ficou meio aborrecido, eu falei, Gilberto, senta com o Orivaldo, vê que contrapartida o Orivaldo pode dar, de que forma ele pode acertar isso aí, prestar um serviço, eu confio no Orivaldo, sei que ele é uma pessoa que a palavra dele é palavra de pantaneiro, de poconeano. Vê se ele pode pagar mil reais por mês, vê o que ele pode fazer, presta um serviço pra você.

Outra coisa, Orivaldo, eu recebi um áudio daquele de escuta única, que você e o Vinícius, que você falou que vai votar no Dorileo, que você que vota pelo Poconé não é o Chapada, que você que vota, mandaram um áudio pra mim. Para eu ficar esperto, entendeu?

E o Mixto mandaram um print, o Mixto contando com o voto do Poconé do Orivaldo Rondon. Então, Orivaldo, eu quero reiterar com você o nosso combinado, entendeu? Eu falei com o Gilberto, o Gilberto falou, Marcelo, ALINHA COM O ORIVALDO, NÓS SOMOS ARON, ELE SABE DISSO, NÓS PAGAMOS ELE, TÁ TUDO PAGO, ENTÃO VAI TER UMA PROCURAÇÃO, enquanto não sair lá na CBF, eu vou providenciar a procuração pública para você assinar, tá, Orivaldo? Eu tô te comunicando, qualquer coisa eu levo aí em Poconé. Tenho certeza que sua palavra é uma palavra de pantaneiro”.

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