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Abílio culpa “mau planejamento” de ex-prefeito por danos causados pela chuva na capital


Conteúdo/ODOC – O prefeito de Cuiabá, Abílio Brunini (PL), não poupou críticas à administração do ex-prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) após os estragos causados pelo forte temporal que atingiu a capital no último domingo (12). Ao decretar situação de emergência na segunda-feira (13), Abílio afirmou que o mau planejamento da gestão anterior foi o principal responsável pelos danos, que resultaram em alagamentos em várias ruas e avenidas da cidade.

Em sua justificativa para o decreto de emergência, Abílio destacou que a falta de contratos com empresas especializadas no apoio durante o período de chuvas dificultou a resposta rápida às consequências da tempestade.

“Se a cidade estivesse com suas bocas de lobo devidamente limpas, se tivesse feito a drenagem adequada, planejamento adequado, isso não teria acontecido”, afirmou, enfatizando que a falta de um plano de ação emergencial para situações como essa é um reflexo de falhas na gestão passada.

O prefeito ainda criticou o fato de, todos os anos, problemas semelhantes se repetirem, como a cena de ônibus sendo arrastados pelas águas no bairro Prainha, e veículos atolando durante a chuva. Para Abílio, esses episódios poderiam ser evitados se houvesse uma preparação prévia adequada.

“Todo ano tem vídeo de ônibus passando em meio à chuva na Prainha, todo ano tem carro atolando, ficando inundado. Por que não tinha um plano para uma situação emergencial como essa?”, questionou.

Como parte das medidas emergenciais, a Prefeitura de Cuiabá está elaborando um Projeto de Lei para conceder auxílio de R$ 1 mil às famílias afetadas pela enxurrada. A proposta ainda está em fase de coleta de dados para determinar o número exato de pessoas prejudicadas pelos alagamentos. Abílio destacou que a falta de um plano de ação para calamidades como a vivenciada no último domingo representa mais uma falha da gestão anterior.

O prefeito também mencionou que uma das propostas da atual gestão é criar uma legislação que autorize medidas emergenciais de imediato em situações de calamidade, para que a cidade esteja mais preparada para enfrentar eventos climáticos extremos.

“Daqui a pouco pode haver outro tipo de calamidade não prevista. Isso deveria estar em uma lei, prevendo essas circunstâncias. A ideia é chegar até o fim desse ano com tudo preparado, porque ano que vem já tem chuvas de novo no mesmo período”, afirmou.

O temporal que atingiu Cuiabá no domingo trouxe um acumulado de 102 milímetros de chuva, de acordo com a estação do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden).

O volume de chuva foi suficiente para alagar avenidas e ruas, interrompendo o tráfego de pedestres e veículos e causando danos materiais significativos para diversas famílias da cidade.



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