Jeronimo Cerilo de Rezende tinha 82 anos
Rondonópolis perdeu nesta semana um de seus pioneiros mais queridos e respeitados. Jeronimo Cerilo de Rezende, carinhosamente conhecido como Jeromão, morreu na última segunda (27), aos 82 anos e foi um homem de grandes realizações. Se destacou pela contribuição ao crescimento da cidade, desde os primórdios de sua fundação.
Jeronimo, acompanhado do pai Joaquim Beleza, começou a trajetória em Rondonópolis no final da década de 1950, comercializando mercadorias de produção própria da fazenda Ponte de Pedra, localizada na região do Birro (atualmente São José do Planalto, distrito de Pedra Preta).
Eles viajavam até a cidade em carro de boi, com laranjas, rapadura, queijo e requeijão, que eram vendidos na tradicional feira da Praça dos Carreiros. Esse foi o começo de uma jornada de décadas, marcada por desafios, mas também por grandes conquistas.
Na década de 1970, Jeronimo se mudou com a esposa, Florinda Camilo de Rezende, e os quatro filhos para a zona rural de Rondonópolis, mais precisamente para um pequeno sítio na região do Lajeadinho/Macaco. A aquisição do terreno foi o ponto de partida para um novo ciclo de vida, que viria a durar muitos anos. Como trabalhador rural, atuou como leiteiro e fornecia leite para a comunidade local.
Em 1974, Jeromão foi convidado pelo então prefeito de Rondonópolis, Cândido Borges Leal Júnior, o Candinho, para trabalhar na prefeitura como motorista. A mudança marcou o início de sua trajetória no serviço público. Em seguida, foi convidado pelo então governador de Mato Grosso, Dr. Frederico Campos, para integrar o quadro de funcionários estaduais como motorista de merenda escolar.
Após muitos anos de trabalho, tanto no campo quanto no setor público, Jeromão se aposentou em fevereiro de 2009. Aposentado, ele se dedicou à família e passou a desfrutar de momentos de qualidade com a esposa, filhos, netos e bisnetos.
Jeronimo também era conhecido pela paixão pelo futebol, especialmente pelo União Esporte Clube, que o reconheceu como torcedor símbolo, e também pelo Corinthians.
Além de ser um fervoroso torcedor, ele também teve uma participação ativa como jogador amador, técnico de futebol e até mesmo presidente do Estrela do Leste, uma equipe do Jardim Pindorama, onde morou por 30 anos. Em seguida, se mudou para a região do Conjunto São José, onde residiu até o último dia de vida. Jeromão deixa quatro filhos, nove netos e nove bisnetos.
PorA Tribuna
30 de janeiro de 2025