Cidade tem incidência para cada 100 mil habitantes de 476,9%
Larvas do Aedes aegypti, transmissor da dengue e chikungunya
Dados do Ministério da Saúde, atualizados ontem (30), mostram que a crise da chikungunya em Rondonópolis segue em crescimento e de forma assustadora. Os números, somente neste mês de janeiro de 2025, já são maiores do que os registrados em todo o ano de 2024.
Até 30 de janeiro, são 1.236 casos notificados oficialmente de chikungunya na cidade, uma incidência para cada 100 mil habitantes de 476,9%. Para se ter uma ideia do crescimento, em 2024 foram 709 casos de chikungunya durante todo ano e, em 2023, 7 casos notificados. Não houve registro oficial de morte pela doença em Rondonópolis nos períodos avaliados nesta reportagem.
A situação é extremamente preocupante porque há um entendimento que os números na cidade estão subnotificados, algo que já foi confirmado pela própria Secretaria de Saúde.
Profissionais que atuam na linha de frente acreditam que, pelo volume de atendimentos, o número de casos pode ser até três vezes maior do que o divulgado oficialmente.
Em Mato Grosso, já são 4.927 casos notificados de chikungunya, incidência de 128,4% para cada 100 mil habitantes. O estado tem três óbitos confirmados (sendo um deles em Jaciara) e outros três óbitos em investigação.
Dengue
Os números da dengue também seguem altos em Rondonópolis. No mês de janeiro de 2025, até o dia 30, já são 750 casos notificados, incidência de 289,4%. Até o momento, não há o registro de mortes na cidade este ano pela doença.
O número de casos de dengue em janeiro, assim como os de chikungunya, já é maior que o registrado em todo ano de 2024, quando foram notificados 568 casos da doença no município. Em 2023, a cidade viveu um surto de dengue, com 2.432 casos e 2 óbitos confirmados.
Em Mato Grosso, em 2025, já são 7.348 notificações de dengue, com 4 óbitos confirmados, nenhum deles em RondonópolIis.
Medidas
Além de reforçar o atendimento na UPA e nas unidades básicas de saúde, o Município também ampliou a limpeza de áreas públicas e aumentou a fiscalização contra os terrenos sujos e abandonados na cidade.
Proprietários estão sendo notificados para realizar a limpeza de suas áreas, sob pena de multa em caso de descumprimento.
O Aedes aegypti, transmissor da dengue, também é o responsável pela transmissão da chikungunya e do zika vírus. Este ano, segundo o Ministério da Saúde, ainda não há casos de zika em Rondonópolis.
Por A Tribuna
31 de janeiro de 2025