Santa Casa de Rondonópolis pediu desculpas ao ex-deputado estadual e atual prefeito Cláudio Ferreira pela ausência de comunicação da direção do hospital e por eventual constrangimento causado politicamente
A Santa Casa de Rondonópolis emitiu uma nota pública de esclarecimento esta semana diante da repercussão negativa envolvendo o recebimento de repasses por parte da instituição.
No documento, pede desculpas públicas ao ex-deputado estadual e atual prefeito Cláudio Ferreira pela ausência de comunicação em relação à mudança de objeto em uma emenda viabilizada pelo então parlamentar para compra de aparelho de ressonância magnética para a unidade.
A emenda viabilizada junto ao Governo de Mato Grosso pelo então deputado Cláudio Ferreira, hoje prefeito de Rondonópolis, foi na ordem de R$ 5 milhões. A Santa Casa reconhece que o recurso foi devidamente depositado na conta da instituição ainda em 21 de dezembro de 2023, ficando quase um ano sem a devida utilização.
Faltando poucos dias para o encerramento do convênio, previsto para 14 de dezembro de 2024, a Santa Casa entrou, em 11 de dezembro de 2024, com pedido de readequação no plano de trabalho e dilação de prazo da vigência caso fosse concedida autorização para mudar o objeto. Após isso, o governo estadual autorizou, no dia 12 de dezembro, a mudança do objeto do recurso, com o aditivo necessário.
O problema é que a instituição decidiu pela mudança de objeto da emenda sem a devida comunicação e anuência do deputado, gerando uma série de constrangimentos e transtornos para o mesmo, inclusive na campanha eleitoral, sendo alvo de vários questionamentos sobre a real destinação do valor e sua aplicação.
Contudo, conforme a nota, assinada pelo presidente do Conselho Jacques Polet, o hospital alega que houve mudança no objeto por haver necessidade de compra de outros equipamentos também de uso imprescindível à instituição, tendo iniciado por isso o processo administrativo junto ao Governo do Estado modificando o objeto antes voltado para compra de equipamento de ressonância.
A mudança de objeto no uso do recurso foi tomada pela direção do hospital de forma unilateral junto à Secretaria de Estado de Saúde. A alteração visou, segundo o hospital, o aprimoramento do centro cirúrgico e do centro de imagem para o atendimento de pacientes adultos e pediátricos. Admite que, infelizmente, esse processo de mudança de objeto do recurso não teve o conhecimento do então deputado.
A Santa Casa garante ainda na nota que não houve uso indevido ou ilegal do recurso nessa alteração da destinação do objeto.
Por A Tribuna 14 de fevereiro de 2025