O relatório semanal do USDA apontou exportações fracas – Foto: Pixabay
A soja fechou em leve alta na Bolsa de Chicago (CBOT) nesta quinta-feira, impulsionada por compras de oportunidade e uma leve redução na safra da América do Sul. O contrato para março, referência para a safra brasileira, subiu 0,22%, fechando a US$ 10,30 por bushel. O contrato de maio avançou 0,12%, atingindo US$ 10,47 por bushel. No entanto, o farelo de soja caiu 0,48%, encerrando a US$ 292,70 por tonelada curta, enquanto o óleo de soja subiu 0,12%, cotado a US$ 46,25 por libra-peso.
De acordo com a TF Agroeconômica, a alta foi sustentada pela redução da safra sul-americana, com cortes na projeção da Bolsa de Cereais de Buenos Aires e da Conab. Apesar da oscilação dos preços ao longo do dia, os investidores aproveitaram oportunidades de compra, garantindo pequenos ganhos para a oleaginosa. Contudo, o cenário de exportações dos Estados Unidos segue preocupante, com queda de 52% nas vendas semanais e um recuo de 74% em relação à média das quatro semanas anteriores, segundo dados do USDA.
A “cruzada” tarifária do governo norte-americano, reforçada por declarações do ex-presidente Donald Trump nas redes sociais sobre “tarifas recíprocas”, adiciona incerteza ao mercado. Esse cenário pode impactar a competitividade da soja americana em um momento crucial, quando os compradores internacionais voltam a atenção para a nova safra brasileira.
Além disso, pela terceira semana consecutiva, o relatório semanal do USDA apontou exportações fracas, com apenas 185.500 toneladas vendidas para a safra 2024/2025, bem abaixo das 387.700 toneladas registradas no período anterior. Esse enfraquecimento pode ampliar as preocupações sobre a demanda externa pela soja dos EUA e reforçar a posição do Brasil como principal fornecedor global.
Agrolink – Leonardo Gottems
Publicado em 14/02/2025 às 07:26h.
