No entanto, o clima continua sendo um fator determinante. No entanto, o clima continua sendo um fator determinante – Foto: Divulgação
O setor cafeeiro brasileiro vive um momento de expectativas mistas. Enquanto algumas regiões produtoras de arábica apresentam lavouras em excelente estado, sinalizando uma safra promissora para 2026/27, o mercado segue instável, com mudanças no modelo de negócios e desafios financeiros. Segundo Bruna Machado, da GRV Coffee Brokers, a colheita de 2025/26 vem sendo revisada por agentes do mercado, com estimativas entre 41 e 43 milhões de sacas de arábica.
Já a produção de conilon deve alcançar um volume mais sólido, em torno de 25 milhões de sacas. Mesmo com estoques baixos, há confiança de que a oferta será suficiente para abastecer o mercado interno e cumprir os compromissos de exportação.
No entanto, o clima continua sendo um fator determinante. A chegada de uma frente fria a partir de junho de 2025 e o retorno das chuvas entre setembro e outubro serão momentos-chave para confirmar o potencial produtivo da safra seguinte. O crescimento da área plantada nos últimos três anos mostra o investimento contínuo na cafeicultura, mas os resultados dependem de um ciclo climático mais estável. O otimismo para 2026/27 existe, mas, como ressalta Machado, previsões animadoras são recorrentes no setor, e a realidade pode ser diferente caso o clima não colabore.
No mercado, a volatilidade se intensificou. Com muitas incertezas e dificuldades financeiras, os negócios estão sendo fechados em prazos mais curtos, evitando grandes exposições ao risco. A inversão das bolsas de Nova York e Londres tem dificultado ainda mais as operações, tornando o fluxo de caixa a principal preocupação do setor. Esse cenário reforça a necessidade de estratégias mais cautelosas para enfrentar um mercado cada vez mais imprevisível.
Agrolink – Leonardo Gottems
Publicado em 27/02/2025 às 06:31h.