No curto prazo, a oferta foi reforçada pela produção da América Central. No curto prazo, a oferta foi reforçada pela produção da América Central – Foto: Pixabay
O mercado de açúcar manteve-se relativamente estável, apesar da volatilidade nas commodities e das tensões da guerra comercial entre Estados Unidos e China, segundo análise de Lívea Coda, coordenadora de Inteligência de Mercado da Hedgepoint. A commodity não é negociada de forma significativa entre os dois países, o que evitou oscilações expressivas nos preços.
“Sobre as entregas, a participação maior da América Central nas exportações aliviou as preocupações sobre a oferta de curto prazo, com o contrato de maio/25 fechando em 18,3c/lb, abaixo do nível de março. A oferta continua apertada, e a demanda tem pressionado os preços para baixo, apesar do potencial de recuperação do contrato de maio caso a demanda aqueça”, observa.
No curto prazo, a oferta foi reforçada pela produção da América Central, reduzindo preocupações de abastecimento. O contrato para maio de 2025 fechou a 18,3 centavos de dólar por libra-peso, abaixo do registrado em março, sinalizando um certo alívio no mercado.
“A região Centro-Sul do Brasil enfrentou chuvas abaixo da média em janeiro e fevereiro deste ano, mas as condições de desenvolvimento da cana ainda são melhores em comparação com a temporada anterior. O bom volume de precipitação entre outubro e dezembro do ano passado ajudaram a recuperar a umidade do solo, embora o recente período de seca traga cautela sobre as perspectivas para a safra”, finaliza a analista.
Por outro lado, a China aumentou sua produção de açúcar, o que pode levar a uma redução nas importações nos próximos meses. Essa mudança no cenário pode impactar o equilíbrio da oferta global, dependendo da demanda do país asiático.
A Índia, por sua vez, exportou 550 mil toneladas de açúcar, mas novas vendas dependerão da valorização dos preços. Para que o país continue exportando, as cotações precisam alcançar 19,9 centavos de dólar por libra-peso, estabelecendo um patamar crítico para o fluxo comercial.
Agrolink – Leonardo Gottems
Publicado em 12/03/2025 às 06:47h.