A agricultura do futuro será aquela que conseguir extrair mais do solo.. Com a disparada nos preços dos fertilizantes, sendo que o map já subiu 90% e o Cloreto de potássio mais de 50%, produtores rurais acendem o alerta para os custos da safra 2025/2026. Segundo a Agrinvest Commodities, o cenário atual piora a relação de troca: são necessárias mais sacas de soja para adquirir a mesma quantidade de insumos, pressionando a margem de lucro do agricultor.
Diante disso, cresce o foco em estratégias para aumentar a eficiência do uso do solo. Conforme estudos da Embrapa, a eficiência agronômica dos fertilizantes NPK pode variar entre 40% e 60%, já que solos compactados, com baixa atividade biológica ou desequilíbrio químico dificultam a absorção dos nutrientes aplicados. No caso do fósforo, cerca de 80% do P2O5 pode ficar retido em formas insolúveis, desperdiçando o investimento.
É nesse ponto que tecnologias voltadas à saúde do solo ganham protagonismo. A Microgeo, por exemplo, tem registrado bons resultados com a reposição do microbioma. Em análises realizadas em 106 áreas, o uso contínuo da biotecnologia elevou a eficiência do fósforo, gerando um ganho médio equivalente a 170 kg/ha de superfosfato simples. “Nosso foco é tornar o solo mais eficiente, para que o produtor consiga aproveitar melhor cada real investido no manejo. Com o uso contínuo da nossa biotecnologia, o solo passa a ter mais vida e maior capacidade de disponibilizar os nutrientes. Isso se traduz em uma possível redução de perdas e, consequentemente, em mais retorno sobre o investimento”, afirma o diretor de P\&D da empresa, Paulo D’Andrea.
Com 60% dos fertilizantes ainda não adquiridos para a próxima safra, apostar em práticas que aumentem a eficiência do solo pode ser a chave para mitigar os efeitos da alta dos insumos. Além de preservar o investimento, essas ações apontam para uma agricultura mais sustentável, resiliente e alinhada com os desafios do futuro.
“Diante de um cenário de alta no custo dos fertilizantes, o manejo do microbioma do solo não é mais um diferencial — é uma necessidade. A agricultura do futuro será aquela que conseguir extrair mais do solo com o mesmo ou menor volume de investimentos. A biotecnologia vem justamente para isso: transformar o solo em um ativo mais resiliente, produtivo e sustentável”, finalizou.
Agrolink – Leonardo Gottems
Publicado em 13/05/2025 às 06:58h.