A Anvisa proíbe três marcas de “café fake” por uso de matéria-prima contaminada; confira A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou o recolhimento imediato de três marcas de pó para preparo de bebida sabor café — popularmente conhecidos como “cafés fake” — após constatar sérias irregularidades em sua produção. A decisão, publicada nesta segunda-feira (2), proíbe a fabricação, comercialização, distribuição, propaganda e consumo desses produtos em todo o território nacional. As informações são do jornal O Globo
Segundo nota oficial da Anvisa, a medida foi tomada após uma inspeção do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que identificou problemas recorrentes nas três marcas: uso de matéria-prima imprópria para o consumo humano, presença de impurezas e falhas graves nas boas práticas de fabricação.
As marcas suspensas são:
- Pó para o Preparo de Bebida Sabor Café – Master Blends Indústria de Alimentos Ltda.
- Pó para o Preparo de Bebida Sabor Café Tradicional Marca Melissa – D M Alimentos Ltda.
- Pó para o Preparo de Bebida Sabor Café Preto Marca Pingo Preto – Jurerê Caffe Comércio de Alimentos Ltda.
Uma das irregularidades mais graves foi a presença de ocratoxina A, uma toxina produzida por fungos que pode representar riscos à saúde. Além disso, os produtos continham resíduos e cascas de café, erroneamente descritos nos rótulos como “café torrado e moído” ou “polpa de café”.
A Anvisa também criticou a rotulagem dos produtos, classificando-a como enganosa. De acordo com o órgão, os rótulos exibiam imagens e informações que “podem causar erro e confusão em relação à natureza do produto, podendo levar o consumidor a entender que o produto se trata de café”.
Ainda segundo a agência, foi constatada contaminação no produto final, evidenciando falhas no controle de qualidade e nos processos de produção. “As falhas incluem desde a seleção das matérias-primas até a fabricação e análise do produto final”, detalha o comunicado.
A orientação da Anvisa é clara: os produtos devem ser recolhidos pelas empresas responsáveis e não devem, em hipótese alguma, ser consumidos pela população.
Informações do jornal o Globo