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Chuva à vista: meteorologista explica se será suficiente para recuperar as lavouras

Recuperação das lavouras será limitada

Foto: Carlos Ivan Bencke

A estiagem prolongada no Rio Grande do Sul tem causado prejuízos severos para a agricultura, comprometendo a produtividade das principais culturas do estado. Desde dezembro, a falta de chuvas associada a temperaturas extremas impactou fortemente as lavouras de soja e milho, deixando os produtores em estado de alerta. Agora, com a chegada de um novo sistema meteorológico, surge a expectativa de chuvas significativas, mas será que isso será suficiente para reverter os danos?

A formação de um ciclone sobre o oceano deve trazer chuvas para o Rio Grande do Sul nesta quinta-feira (06). No entanto, segundo o meteorologista do Portal Agrolink, Gabriel Rodrigues, os volumes ficarão concentrados no norte do estado, trazendo apenas um alívio momentâneo nas temperaturas extremas.

“As temperaturas devem ter uma leve redução, mas esse refresco será de curta duração”, explica Rodrigues. A expectativa de mudança no clima, com o avanço de chuvas mais volumosas e o fim definitivo da onda de calor, ocorre somente na próxima semana, entre terça-feira (11) e quinta-feira (13).

Mesmo com a previsão de precipitações entre 60 e 100 mm, a situação das lavouras já está comprometida. “A disponibilidade hídrica ao longo do ciclo das culturas, especialmente em fases críticas do desenvolvimento, é determinante para a produtividade. Infelizmente, o impacto da estiagem prolongada combinado às temperaturas elevadas já comprometeu de forma significativa as lavouras”, afirma o meteorologista.

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Grande parte das lavouras de soja do estado encontra-se entre o desenvolvimento vegetativo e a floração – uma das fases mais sensíveis ao estresse hídrico e térmico. “A falta de chuvas no período de floração e enchimento de grãos reduz a expansão foliar, acelera a senescência e prejudica a taxa fotossintética, afetando diretamente a produtividade”, detalha Rodrigues.

No caso do milho, os danos são ainda mais severos. “As fases mais críticas do milho são o embonecamento e a polinização, momentos em que a planta é extremamente sensível ao calor e à falta de água. Temperaturas acima de 35°C comprometem a viabilidade do pólen e a fecundação das espigas, reduzindo drasticamente a produção de grãos”, acrescenta.

A estiagem, que se intensificou desde dezembro e persistiu ao longo de janeiro, já impôs danos fisiológicos irreversíveis às culturas. “Mesmo com a previsão de chuvas expressivas nos próximos dias, a recuperação das lavouras será limitada, pois os processos fisiológicos de desenvolvimento e enchimento de estruturas reprodutivas já foram afetados”, conclui Gabriel Rodrigues.

Agrolink – Aline Merladete
Publicado em 05/02/2025 às 14:59h.

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