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Queda nos preços preocupa orizicultores.
As recentes chuvas volumosas no Rio Grande do Sul, especialmente nas regiões Centro e Oeste, contribuíram para a recarga hídrica de reservatórios e cursos d’água, favorecendo a irrigação das lavouras de arroz. Segundo o boletim conjuntural da Emater/RS-Ascar, divulgado nesta quinta-feira (20), a prática do “banho” – sistema de irrigação intermitente adotado em períodos de restrição hídrica – foi intensificada no início de fevereiro.
A colheita do arroz, iniciada no Extremo Oeste gaúcho, avançou para outras regiões, com produtividade elevada nas áreas que mantiveram um manejo adequado da irrigação. Onde a lâmina de inundação foi preservada entre 5 e 10 cm, os rendimentos se mantiveram altos. No entanto, em lavouras afetadas por déficit hídrico, houve redução de produtividade, pois a falta de água comprometeu processos fisiológicos essenciais para o desenvolvimento do arroz.
Apesar das boas condições em parte das lavouras, os produtores manifestam preocupação com a recente queda nos preços do arroz. O temor é de que, com o avanço da colheita, os valores fiquem abaixo do custo de produção, resultando em dificuldades financeiras para o setor.
Segundo dados do Instituto Rio Grandense de Arroz (IRGA), a área efetivamente plantada no estado foi revisada para 970.194 hectares, enquanto a Emater/RS-Ascar estima uma produtividade média inicial de 8.478 kg/ha. O mercado segue atento às variações de preço e ao impacto do aumento da oferta sobre a rentabilidade dos produtores.
Agrolink – Seane Lennon
Publicado em 20/02/2025 às 18:04h.