Foto Arquivo Agrolink
A disputa entre rodovias e ferrovias se intensifica.A safra recorde de 2025 ocorre em meio a um colapso logístico agravado, destaca Felipe Jordy, gerente de inteligência e assessoria comercial da Biond Agro. O Brasil enfrenta gargalos estruturais históricos, com transporte ineficiente, baixa capacidade de armazenagem e uma colheita excessivamente concentrada. Esse cenário gera um efeito cascata em toda a cadeia, sobrecarregando portos e elevando custos de demurrage, que chegam a US$ 35.000 por dia de espera, especialmente em Santos e Barcarena.
“O ritmo de colheita é o mais lento e o mais concentrado dos últimos anos. Essa concentração gera um acúmulo de volumes na ponta de transbordo, armazenagem e exportação”, comenta.
A disputa entre rodovias e ferrovias se intensifica, com o problema do “take or pay” reduzindo a flexibilidade do escoamento ferroviário. O incêndio no terminal de Rondonópolis (TRO) agravou a situação, aumentando a dependência do transporte rodoviário e impulsionando os fretes. Segundo bases do IMEA, esses custos crescentes já impactam os preços da soja, pressionados também pela cotação do dólar abaixo de R$ 6,00, reduzindo margens para exportadores e produtores.
Jordy ressalta que 2025 será um teste de resiliência para o agro brasileiro. Na Biond Agro, medidas de gestão de risco foram tomadas para mitigar os impactos desse cenário desafiador. “2025 será um teste de resiliência para toda a cadeia agro. Aqui na Biond Agro, alertamos nossos clientes de todo esses caos logístico sendo agravado, com fundamentos de mercado e gestão de risco tomamos posições de segurança, efetivando uma comercialização de grãos justamente no olho do furação”, conclui.
Agrolink – Leonardo Gottems
Publicado em 22/02/2025 às 09:31h.