Exportações do agronegócio totalizaram US$ 15,6 bilhões; crescimento vem atraindo a atenção de produtores em busca de imóveis de luxo. Orla de Balneário Camboriú, uma das áreas mais valorizadas do Brasil Foto: Eduardo Valente / GOVSC
O que o aumento das exportações do agronegócio brasileiro tem a ver com o mercado imobiliário de luxo? Para o especialista em imóveis de alto padrão e corretor em Balneário Camboriú Bruno Cassola, há uma conexão direta entre os setores.
O agronegócio registrou, somente em março deste ano, um crescimento de 12,5% em relação ao ano anterior, segundo dados do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Ao todo, o setor exportou US$ 15,6 bilhões e já representa 53,6% das exportações brasileiras.
Parte desse capital tem migrado para investimentos imobiliários, especialmente em regiões valorizadas, como o litoral norte catarinense, que concentra três dos cinco municípios do país com o metro quadrado mais valorizado.
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“O fortalecimento do agronegócio, especialmente com o aumento das exportações de produtos como soja, café, carne bovina, celulose, carne de frango e algodão, tem ampliado o poder aquisitivo de grandes produtores e investidores rurais, e impactado diversos setores. Para esse público, a compra de imóveis de luxo se tornou uma forma segura e estratégica de diversificar seu patrimônio, garantindo liquidez e proteção contra a inflação, por exemplo. Atualmente, mais de 30% dos clientes e investidores de imóveis de luxo no litoral de Santa Catarina são do agro”, afirma Bruno Cassola.
As construtoras estão atentas à nova dinâmica do mercado e muitas incorporadoras passaram a adotar estratégias específicas. “A oferta de facilidades alinhadas à realidade do produtor rural tem ampliado o volume de negócios, acelerado o fechamento de contratos e, consequentemente, isso tem aquecido o setor. Entre essas facilidades, estão condições de pagamento adaptadas ao calendário da safra e maior flexibilidade nas negociações durante os períodos de alta liquidez no campo”, comenta Cassola.

Segundo o corretor, há produtores e investidores rurais que buscam imóveis como investimento, com foco em cidades com alta valorização imobiliária, localização estratégica e potencial de revenda. Já os que procuram uma segunda moradia para aproveitar com a família costumam considerar outros atributos além da rentabilidade, como vista para o mar, áreas de lazer completas, segurança, acabamentos, design e serviços exclusivos.
“Entender essas motivações é essencial para oferecer o produto certo. Enquanto o investidor pensa em retorno e segurança financeira, o comprador da segunda moradia é atraído pelo imóvel dos sonhos, onde terá conforto e qualidade de vida”, afirma.
Para o especialista, a grande fatia de clientes do agronegócio no mercado imobiliário de luxo é mais do que um fenômeno pontual, ela reflete um novo comportamento de consumo que está transformando o setor. “Com a perspectiva de novas safras recordes e das exportações seguirem em crescimento, a expectativa é de que o agro continue injetando recursos no mercado imobiliário de luxo ao longo de 2025. Cidades como Balneário Camboriú, Itajaí e Itapema já se consolidaram como destinos favoritos entre esses investidores com índices de crescimento que superam a inflação e outros investimentos como a renda fixa. E o cruzamento entre dois dos setores mais fortes da economia brasileira, o agronegócio e a construção civil, aponta para um cenário de oportunidades”, avalia Cassola.
Eleito campeão em vendas, premiado 10 vezes pelas renomadas construtoras FG e Embraed em Balneário Camboriú, Bruno Cassola é considerado uma autoridade em vendas de apartamentos de alto padrão na cidade. É empresário, administrador de empresas e corretor de imóveis especializado em ativos de alta rentabilidade. Atua há 18 anos no ramo imobiliário, especializado em imóveis de alto padrão em Balneário Camboriú, considerado o metro quadrado mais valorizado do Brasil.
- Canal Rural Thiago Dantas
03/05/2025 11:02