Para a soja, os preços recuaram em Chicago. Para a soja, os preços recuaram em Chicago – Foto: Alabama Extension
Segundo informações da TF Agroeconômica (05/05/2025), o mercado do trigo abriu a semana com preços em leve alta em Chicago, refletindo a previsão de chuvas benéficas nas regiões produtoras dos EUA. As precipitações previstas para Dakota do Norte e Kansas devem melhorar as condições das lavouras de trigo de primavera e inverno, respectivamente. No Brasil, os preços seguem firmes, com o CEPEA apontando R$ 1.567,72 no Paraná (-0,27% no dia) e R$ 1.477,98 no Rio Grande do Sul (+0,46%).
“Os preços do trigo começaram a semana sendo negociados em um nível baixo nos mercados dos EUA, influenciados pelas chuvas que caem hoje no oeste da Dakota do Norte, uma área onde a produção de trigo de primavera está concentrada e onde a umidade é necessária para reverter as atuais condições de seca”, comenta.
Para a soja, os preços recuaram em Chicago diante do aumento das tensões entre Estados Unidos e China. Declarações do presidente Donald Trump indicam um possível agravamento da guerra comercial, o que desanima os investidores. O contrato de maio de 2025 fechou a US$ 1.040,75, queda de 8 pontos. No mercado interno, o indicador CEPEA subiu 0,77% no dia, atingindo R$ 133,16, apesar da pressão negativa externa.
“A soja está começando a semana com preços em queda nas cotações de Chicago, onde a confiança dos investidores no início das negociações entre os EUA e a China para apaziguar a segunda guerra comercial está enfraquecendo depois que o presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou novamente que a China está “enganando” os Estados Unidos e que ele não planeja falar com seu colega chinês, Xi Jinping, esta semana”, completa.
O milho também começou a semana em baixa, cotado a US$ 458,00 em Chicago, afetado pelas incertezas comerciais e pela queda contínua do petróleo, que influencia o mercado de biocombustíveis. No Brasil, o CEPEA indicou R$ 79,07, queda de 1,32% no dia, mas ainda com alta de 8,84% no ano. As chuvas previstas no leste do cinturão agrícola dos EUA devem favorecer o avanço do plantio ao longo da semana.
“Os preços do milho estão sendo negociados em baixa em Chicago em meio a tensões comerciais prolongadas e à falta de anúncios de acordos reais que dariam algum significado às longas negociações que, segundo autoridades americanas, mantêm diariamente com países que buscam evitar o impacto de uma escalada tarifária após a trégua estabelecida para a imposição de tarifas recíprocas”, conclui.
Agrolink – Leonardo Gottems
Publicado em 05/05/2025 às 10:56h.
