José Pupin, produtor rural conhecido como “Rei do Algodão”, foi denunciado pela procuradora Thereza Luiza Fontenelli Costa Maia, do Ministério Público Federal (MPF) por crimes contra a ordem tributária. A Justiça ainda avalia a denúncia.
“José Pupin não apurou e não informou, em sua Declaração de Ajuste Anual – Imposto sobre a Renda – Pessoa Física (DIRPF) do exercício de 2019, referente ao ano- calendário de 2018, os ganhos de capital auferidos com as alienações de seus imóveis rurais, assim como não recolheu, de forma espontânea, o imposto de renda referente a esse ano- calendário (…). Tendo em vista tais fatos, entendeu-se estar concretizada a sonegação do IRPF”, consta na denúncia.
O Grupo JPupin está em recuperação judicial por dívida de R$ 1,3 bilhão. O produtor foi acusado de omitir da Receita Federal a venda de 7 propriedades rurais. De acordo com o processo, Pupin foi notificado e não apresentou recursos diante da acusação de sonegação de R$ 15.147.246,15.
“É possível visualizar a veracidade dos fatos por meio das dos contratos e das escrituras públicas juntadas, referentes à cada matrícula de imóvel, as quais mencionam a realização de dação em pagamento”, diz trecho dos autos.
A denúncia contra José Pupin foi oferecida à 7ª Vara Federal Criminal de Mato Grosso em 2024. A Justiça, porém, tem enfrentado dificuldades para conseguir intimar o produtor rural sobre o processo. Na semana passada o juiz Paulo Cézar Alves Sodré determinou a citação dele por WhatsApp.
Vinicius Mendes e Pablo Rodrigo/Redação Gazeta Digital