Foco de influenza aviária de alta patogenicidade foi registrado em criação de subsistência; cerca de 100 galinhas morreram.
A Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) confirmou nesta sexta-feira (13) a detecção do primeiro foco de influenza aviária de alta patogenicidade (gripe asiática) em Goiás. O caso foi registrado em aves de subsistência no município de Santo Antônio da Barra, região sudoeste de Goiás.
O resultado foi divulgado após análises realizadas pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA) do Ministério de Agricultura e Pecuária (Mapa)
A notificação da suspeita foi feita à agência na última segunda-feira (9), com relatos de morte de cerca de 100 galinhas que apresentaram sinais como asas caídas, secreção nasal, dificuldade respiratória, apatia, diarreia e edema de face.
“Mesmo sendo um caso isolado, sem impacto no comércio de produtos avícolas, a confirmação reforça a necessidade de intensificarmos as medidas de contenção e de vigilância. Já mobilizamos nossas equipes para atuarem na área afetada, com ações de controle sanitário, investigação epidemiológica e reforço das orientações à população. A Agrodefesa segue atenta e comprometida com a proteção da avicultura goiana”, afirma o presidente da Agrodefesa, José Ricardo Caixeta Ramos.
Ele acrescenta que é importante ressaltar que a influenza aviária não representa risco à saúde humana, quando não há contato direto com aves doentes, e que o consumo de carne de aves e de ovos continua seguro para a população.
Medidas de contenção e controle
Como parte do Plano Estadual de Contingência para a Influenza Aviária, a Agrodefesa já colocou em operação um Grupo Especial de Emergência Zoossanitária, com apoio de setores como segurança pública, Defesa Civil e prefeitura do município afetado. Uma equipe técnica da agência estará no local para as atividades de vigilância e monitoramento. O foco do trabalho, segundo a Agrodefesa, está concentrado em ações imediatas e coordenadas para conter a disseminação do vírus, proteger a saúde animal e humana e preservar a produção avícola goiana.
Entre as ações emergenciais estão a implantação de vigilância no raio de dez quilômetros ao redor do foco, com monitoramento intensivo do trânsito de aves, ovos e materiais avícolas, restrição de movimentações e reforço nas barreiras sanitárias e suspensão temporária de feiras e exposições com aves vivas nas regiões afetadas.
O trabalho de educação sanitária também faz parte, por meio da conscientização de produtores, profissionais, imprensa e população local sobre os riscos e medidas de prevenção, além da necessidade de notificação em caso de suspeitas da doença.
- Canal Rural/Luis Roberto Toledo
13/06/2025 17:22