Recomenda-se evitar vendas no mercado físico. Por outro lado, há fatores de baixa no horizonte – Foto: Pixabay
A TF Agroeconômica destaca que as safras de milho ainda não estão definidas tanto nos EUA quanto no Brasil, e o mercado segue incerto. Nos EUA, há intenção de ampliação do plantio, mas os números exatos ainda precisam ser confirmados. No Brasil, o atraso da Safrinha pode impactar a produção da segunda safra, influenciando os preços. Atualmente, as cotações do milho na B3 atingiram o pico do ano passado e recuaram, mas ainda há espaço para uma alta de R$ 3 a R$ 5 por saca, segundo análise do CEPEA. No mercado físico, os preços seguem abaixo do custo na maioria das regiões, com perdas de até 13,59% no PR, GO, MT e MS e 3,51% no RS, SC e MG.
Entre os fatores de alta, as vendas de milho 2024/2025 nos EUA somaram 1,45 milhão de toneladas, uma queda de 12% em relação à semana anterior, mas ainda dentro das expectativas do mercado. No Brasil, a demanda interna segue aquecida, impulsionada pelos preços das carnes e do etanol de milho, o que tem reduzido os negócios de exportação no último mês. Além disso, a possibilidade de menor exportação brasileira beneficia as cotações da CBOT, pois pode aumentar a demanda pelo milho dos EUA, especialmente considerando a seca que afeta a produção argentina.
Por outro lado, há fatores de baixa no horizonte. A previsão do CoBank para a safra 2025/2026 nos EUA indica um aumento de 4,42% na área plantada, chegando a 38,28 milhões de hectares. No Brasil, o plantio avança, com o Imea reportando um progresso semanal de 22,2 pontos percentuais no Mato Grosso, atingindo 67,15% da área prevista, contra 80,38% no mesmo período de 2024 e a média de 70,27% dos últimos cinco anos.
Diante desse cenário, a recomendação da TF Agroeconômica é evitar vendas no mercado físico, onde os preços seguem baixos, e optar pela fixação de preços na B3. A Bolsa pode apresentar uma tendência de alta no curto prazo, mas a possibilidade de baixa futura reforça a necessidade de cautela e estratégia para otimizar os ganhos.
Agrolink – Leonardo Gottems
Publicado em 24/02/2025 às 07:33