Para minimizar os impactos dessas ameaças, é essencial adotar um manejo integrado – Foto: Arquivo Agrolink
As lavouras de soja enfrentam diversos desafios fitossanitários que exigem atenção constante dos produtores. Segundo a engenheira agrônoma Fabiola De Almeida Machado, especialista em biotecnologia, as principais preocupações envolvem pragas desfolhadoras e doenças que afetam diretamente a produtividade da cultura. Entre os insetos, destacam-se a lagarta da soja (anticarsia gemmatalis), a lagarta-falsa-medideira (Chrysodeixis includens) e a lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda), todas com elevado potencial de dano foliar.
Dentre as doenças, a ferrugem asiática (Phakopsora pachyrhizi) é considerada a mais severa, podendo provocar perdas superiores a 80% na produção se não for corretamente controlada. Outras doenças fúngicas também preocupam os sojicultores, como a antracnose (Colletotrichum truncatum), o oídio (Microsphaera diffusa), a mancha-alvo e a podridão radicular causada por Phytophthora sojae, esta última relacionada ao excesso de umidade no solo. Ainda se destacam a mancha-parda (Septoria glycines), o crestamento foliar de cercospora (Cercospora kikuchii) e a mancha olho-de-rã (Cercospora sojina).
Para minimizar os impactos dessas ameaças, é essencial adotar um manejo integrado. A identificação precoce das pragas e doenças, o uso estratégico de fungicidas e a rotação de culturas com espécies não suscetíveis ao patógeno são práticas recomendadas. Além disso, contar com profissionais especializados e utilizar serviços de análise química e biológica do solo e das plantas pode fazer toda a diferença na eficiência das intervenções.
Essas estratégias de manejo, conforme ressalta Fabiola, são cruciais para garantir sustentabilidade e rentabilidade à produção de soja, especialmente diante das pressões climáticas e da crescente resistência de patógenos e pragas aos métodos convencionais de controle
Agrolink – Leonardo Gottems
Publicado em 07/04/2025 às 06:29h.