No varejo, o desempenho das vendas também merece atenção – Foto: Divulgação
O Instituto Brasileiro de Feijão e Leguminosas (IBRAFE) destaca que o período pós-feriado trouxe um fato positivo na demanda pelo feijão -carioca armazenado desde o ano passado. Desde agosto, os preços desse feijão registraram uma valorização de 21%, diminuindo um possível otimismo entre os produtores. Esse movimento pode sinalizar uma tendência de valorização contínua, beneficiando aqueles que mantinham estoques estratégicos.
No entanto, os custos de armazenamento seguem como um factor determinante para a rentabilidade. Produtores relatam um custo médio de R$ 30 por saco para retirar o feijão do campo e armazená-lo em câmaras frias. Assim, a lucratividade efetiva só ocorre após a cobertura desses custos, tornando a gestão de estoque um elemento essencial para otimizar ganhos e garantir maior previsibilidade no mercado.
No varejo, o desempenho das vendas também merece atenção. O comportamento dos consumidores e os estoques disponíveis influenciam diretamente a precificação do feijão-carioca, podendo impactar a continuidade da avaliação observada. A depender da demanda, novos reajustes podem ocorrer, reforçando a importância do monitoramento constante do setor.
Os preços do feijão-carioca variaram entre as regiões no dia 6 de março de 2025, com destaque para Itapeva, que apresentou uma maior valorização mensal, atingindo 14,58%, e um crescimento semanal de 8,73%, cotado a R$ 262,96 por saca. No Leste Goiano, a alta no mês foi de 9,94%, enquanto em Lucas do Rio Verde, os preços subiram 5,91% no período. Em contrapartida, regiões como Metade Sul do Paraná, Curitiba e Noroeste de Minas registraram estabilidade diariamente, sem variação expressiva nos preços. A entrega do mercado indica uma tendência de valorização em algumas localidades, refletindo a demanda e os custos logísticos
Agrolink – Leonardo Gottems
Publicado em 10/03/2025 às 06:34h.