Outro fator de pressão negativa foi o avanço da colheita na Argentina – Foto: Bing
Segundo a TF Agroeconômica, o mercado de soja na Bolsa de Chicago (CBOT) encerrou a sexta-feira (16) de forma mista, refletindo uma semana marcada por forte volatilidade. O contrato de julho, referência para a safra brasileira, recuou -0,12% ou \$ -1,25 cent/bushel, fechando a \$ 1050,00. Já o contrato de agosto caiu -0,10% ou \$ -1,00 cent/bushel, cotado a \$ 1046,25. No mercado de derivados, o farelo de soja para julho fechou em queda de -1,52% ou \$ -4,5/ton curta a \$ 291,90, enquanto o óleo de soja recuou -0,79% ou \$ -0,39/libra-peso, finalizando a \$ 48,93.
Apesar de uma semana que chegou a registrar a maior cotação dos últimos nove meses, os preços devolveram rapidamente todos os ganhos, encerrando o período praticamente estáveis. A principal decepção do mercado veio do retrocesso no projeto que previa a extensão dos créditos tributários 45Z até 2031. Tais créditos beneficiariam produtores de matérias-primas utilizadas na produção de combustíveis de baixo carbono, como biodiesel, impactando diretamente a demanda por soja.
Outro fator de pressão negativa foi o avanço da colheita na Argentina e a ampla disponibilidade da safra brasileira, que está praticamente 100% no mercado. Órgãos oficiais dos dois países elevaram recentemente suas estimativas de produção, o que contribuiu para o cenário baixista nos preços internacionais.
No acumulado da semana, a soja registrou baixa de -0,17% ou \$ -1,75 cent/bushel. O farelo de soja também caiu -0,75% ou \$ -2,2/ton curta, enquanto o óleo de soja foi o único a apresentar valorização, com alta de 0,74% ou \$ 0,36/libra-
Agrolink – Leonardo Gottems
Publicado em 19/05/2025 às 07:36h.