Nos Estados Unidos, a produção de soja tende a permanecer praticamente estável.
No Brasil, principal produtor e exportador global, o USDA prevê uma expansão na produção – Foto: Pixabay
O mais recente Relatório de Oferta e Demanda dos Produtos Agrícolas (WASDE), divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), projeta um leve crescimento na produção global de soja na safra 2025/26, estimada em 426,82 milhões de toneladas, ante 420,87 milhões t da temporada 2024/25. Já os estoques finais mundiais devem passar de 123,18 milhões para 124,33 milhões de toneladas, sinalizando estabilidade na oferta global da oleaginosa.
No Brasil, principal produtor e exportador global, o USDA prevê uma expansão na produção, saindo de 169 milhões de toneladas em 2024/25 para 175 milhões t na safra 2025/26. As exportações brasileiras devem acompanhar esse crescimento, subindo de 104,5 milhões para 112 milhões de toneladas. Os estoques finais também tendem a se ampliar, passando de 33,31 milhões para 34,16 milhões de toneladas, o que reforça a expectativa de maior disponibilidade interna e externa do grão.
Nos Estados Unidos, a produção de soja tende a permanecer praticamente estável, com leve recuo de 118,84 para 118,12 milhões de toneladas. Apesar do aumento na produtividade (de 56,82 para 58,85 sacas/ha), a área colhida será reduzida, de 34,93 para 33,47 milhões de hectares. As exportações devem cair de 50,35 para 49,4 milhões t, enquanto o esmagamento deve crescer, de 62,20 para 65,86 milhões t, refletindo o fortalecimento da demanda interna. Os estoques finais norte-americanos devem cair de 9,53 para 8,03 milhões de toneladas.
Na Argentina, o USDA estima uma leve redução na produção de soja, de 49 para 48,5 milhões de toneladas entre as duas safras. Os estoques finais devem subir para 25,45 milhões t, frente aos 24,65 milhões t do ciclo anterior. Já as exportações devem se manter estáveis, em 4,5 milhões de toneladas, indicando um mercado externo ainda tímido para o país.
Por fim, a China, maior importadora mundial da oleaginosa, tende a manter uma demanda aquecida. A produção local deve passar de 20,65 para 21 milhões de toneladas, enquanto as importações aumentariam de 108 para 111 milhões t. Já os estoques finais chineses devem apresentar leve queda, de 43,96 para 43,86 milhões de toneladas, sinalizando um consumo elevado no mercado interno.
Agrolink – Leonardo Gottems
Publicado em 12/05/2025 às 14:20h.