Do lado dos fundamentos, há fatores tanto de alta quanto de baixa. Segundo análise da TF Agroeconômica, os preços do milho seguem um comportamento típico deste período do ano, e a principal recomendação continua sendo vender antes que as cotações caiam ainda mais. A consultoria reforça que, quem seguiu a orientação nos últimos 50 dias, já obteve ganhos de aproximadamente R$ 20 por saca. A TF alerta: esperar até julho é um erro clássico, pois este é o mês com maior oferta de produto no mercado, o que naturalmente pressiona as cotações para baixo. Além disso, compradores se aproveitam da urgência dos produtores em liquidar dívidas, reduzindo sua disposição em pagar mais.
Para quem busca proteger os preços sem correr o risco de uma eventual quebra de safra, a recomendação é clara: utilize o mercado futuro da B3, em São Paulo. A TF Agroeconômica reforça que vender antecipadamente no físico pode ser arriscado, especialmente em anos de incerteza climática. Fixar preço na bolsa garante segurança, sem os riscos associados à entrega física.
Do lado dos fundamentos, há fatores tanto de alta quanto de baixa. No campo altista, destaca-se a possível redução da área plantada de milho nos EUA, especialmente em regiões como Ohio, devido ao excesso de chuvas. Além disso, o USDA reportou uma nova venda de 210,5 mil toneladas de milho para destinos não revelados, o que sustenta levemente os preços. Outro ponto de suporte é o aumento da produção de etanol nos EUA, que subiu para 1.056.000 barris diários, com redução nos estoques de biocombustíveis.
Por outro lado, os fatores de baixa começam a ganhar força. O principal deles é o avanço da colheita da safrinha no Brasil, que promete injetar grande volume de milho no mercado nas próximas semanas. Soma-se a isso o clima de incerteza nas relações comerciais dos EUA, afetado pelas discussões sobre tarifas, e a possibilidade de novas isenções para refinarias nos EUA, que podem impactar a demanda por milho para etano
Agrolink – Leonardo Gottems
Publicado em 02/06/2025 às 10:02h.
