Frio deve aparecer, mas não será tão intenso. Mesmo com temperaturas acima da média, o inverno de 2025 deve se mostrar um pouco mais próximo da normalidade em comparação aos dois anos anteriores. A análise é do meteorologista Gabriel Rodrigues, do Portal Agrolink, que destaca: “O frio deve aparecer, sim, mas não será tão intenso. Ainda assim, será um pouco mais presente do que nos invernos de 2023 e 2024, que foram bastante amenos.”
Segundo Rodrigues, o comportamento climático está relacionado à atual fase de neutralidade dos oceanos, sem a atuação dos fenômenos El Niño ou La Niña. “Estamos sob neutralidade climática e essa condição deve permanecer durante todo o inverno. Isso contribui para uma atmosfera menos influenciada por extremos, o que favorece um padrão mais próximo do esperado para a estação”, explica o meteorologista.
Primavera pode chegar mais cedo no Sul e Sudeste
Apesar do cenário de neutralidade, o especialista chama atenção para o aumento das temperaturas no fim da estação. “No final do inverno, as temperaturas devem subir ainda mais, antecipando as características da primavera, especialmente nas regiões Sul e Sudeste. Essa condição pode impactar o desenvolvimento de culturas que dependem de frio mais intenso, como frutas de clima temperado”, alerta.
Chuvas abaixo da média no Norte e dentro da normalidade no Centro
Em relação à precipitação, o meteorologista ressalta que o inverno tende a ser seco em boa parte do país, como já é comum para esta época. “No Brasil Central, mesmo que as chuvas fiquem dentro da média histórica, estamos falando de um período naturalmente seco. Ou seja, pouca chuva é o padrão esperado.”
No entanto, há destaque para o extremo Norte, onde a previsão é de chuvas abaixo da média, afetando estados como Roraima, Amapá e o norte do Pará. Por outro lado, áreas do Nordeste, especialmente o litoral norte da Bahia até o litoral do Ceará, podem registrar precipitações acima do normal.
Perspectivas positivas para o agronegócio, com atenção ao calor
De forma geral, o inverno de 2025 deve ser tranquilo para a maioria das regiões produtoras do Brasil. A maior atenção, segundo Rodrigues, está voltada para as temperaturas acima da média. “O calor fora de época pode representar um desafio para o manejo de algumas culturas de clima frio, impactando o ciclo de produção, principalmente na fruticultura”, conclui.
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Agrolink – Aline Merladete
Publicado em 12/06/2025 às 16:40h