Uma em cada duas moradias no Brasil sofre com alguma privação de saneamento básico, de acordo com o estudo do Trata Brasil intitulado “A vida sem saneamento: para quem falta e onde mora essa população?”.
Baseada em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Anual (PNADCA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a pesquisa revela que em 2022, o problema atingia cerca de 102,7 milhões de brasileiros.
A precariedade no saneamento envolve desde a ausência da rede geral de abastecimento de água à falta de água de maneira regular ou de um reservatório para armazená-la, falta de conexão à rede coletora de esgoto ou, ainda, sequer dispor de banheiro.
O Nordeste é a região que concentra o maior número de pessoas que vivem sem acesso aos serviços básicos, com mais de 40 milhões de habitantes. De acordo com o estudo, o número equivale a 7 em cada 10 nordestinos morando em habitações com algum tipo de problema relacionado ao saneamento básico.
Na região Norte, o número de pessoas em estado de privação é 15,9 milhões; no Sudeste são 21,6 milhões, enquanto no Sul são quase 16 milhões de habitantes, mesmo índice do Centro-Oeste.
A falta de saneamento básico afeta as populações mais vulneráveis do país, resultando em problemas de saúde, dificuldades no desenvolvimento educacional e geração de renda e empregos, além de degradar o meio ambiente.
Foto: Bobby Fabisak/Acervo JC Imagem #SaneamentoBásico#Brasil#vv