A Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) e o governador Mauro Mendes (União) estão em um embate diante da votação da Revisão Geral Anual (RGA) para os servidores públicos estaduais para 2025. Enquanto o chefe do Executivo aponta “populismo” por parte dos deputados estaduais para elevar o percentual anunciado de 4,38%, parlamentares cobram uma “reposição justa”.
“Sobre a questão da RGA dos servidores públicos achei importante vir falar sobre isso, porque os deputados quando cobram uma recomposição justa, não estão fazendo por populismo, mas pela defesa de um direito que é do servidor. Os servidores são importantíssimos para o avanço do estado e, o que pedimos, é que um plano seja feito para pagar o que ficou pra trás durante os dois anos que o teto de gastos vigorou”, disse a deputada Janaina Riva (MDB), vice-presidente da AL.
Ocorre que em entrevista ao Jornal da CBN, Mendes confirmou a Revisão Geral Anual (RGA) para os servidores públicos em 4,83%. Na ocasião, o gestor deixou claro que não negociará um índice maior, baseado no resultado do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), e alfinetou os políticos.
No entanto, o deputado Lúdio Cabral (PT) disse ter encaminhado um ofício ao governador solicitando urgência na concessão da RGA, propondo um reajuste de 7,65% para corrigir perdas inflacionárias acumuladas entre 2018 e 2021.
“Os servidores públicos de Mato Grosso têm tido perdas salariais nos últimos anos e é preciso corrigir essa injustiça com quem faz o Estado funcionar, em todas as áreas. Mato Grosso tem crescido ano após ano, com aumento de arrecadação de maneira sucessiva, e isso precisa se refletir na remuneração dos servidores”, destacou o deputado.
Redação Allan Mesquita GD/foto ALMT