Conteúdo/ODOC – O deputado federal Nelson Barbudo (PL) criticou o bloco político conhecido como Centrão, que atualmente domina o Congresso Nacional. Em um discurso inflamado, Barbudo afirmou que o verdadeiro entrave para mudanças profundas no país não é mais o Partido dos Trabalhadores (PT), mas sim o Centrão, que, segundo ele, atua como um freio para reformas estruturais.
“O PT não é mais o problema para nós, não. O PT derreteu. O PT virou canflor. O PT está numa decadência que é uma descida incontrolável”, disse o parlamentar. Para ele, a hegemonia do Centrão impede o avanço de pautas conservadoras e de endurecimento das leis penais. “O problema do Brasil hoje, internauta, chama-se Centrão. Você que vai votar o ano que vem, preste muita atenção no partido em que vai votar. O Centrão mantém a hegemonia e segura. Segurava o Bolsonaro e segura o Lula”, declarou.
Entre os pontos que considera bloqueados pelo Centrão, o deputado mencionou propostas como a prisão perpétua e a pena de morte. “Eu sou adepto à prisão perpétua. Eu sou adepto à pena de morte. Declarado, sempre declarei. Isso jamais passará. Por quê? Porque o Centrão não deixa que nós façamos uma PEC para mudar a Constituição”, afirmou.
Barbudo também aproveitou para defender uma renovação radical do Congresso. Segundo ele, com uma bancada formada por parlamentares alinhados às suas ideias, mudanças profundas poderiam ocorrer rapidamente. “Se tivéssemos 300 deputados igual ao Nelson Barbudo e mais alguns, o Brasil em seis meses mudaria. Dá tempo de mudar essa legislação arcaica, onde o bandido tem mais vez que o pai de família”, disse.
A fala repercutiu nas redes sociais, com apoiadores exaltando a sinceridade do deputado, enquanto críticos apontaram radicalismo e inconstitucionalidade nas propostas defendidas. Vale lembrar que a pena de morte é vedada pela Constituição Federal de 1988, exceto em caso de guerra declarada, e que a prisão perpétua também é proibida pelo ordenamento jurídico brasileiro.
As declarações reacendem o debate sobre os limites da atuação parlamentar, a influência do Centrão no Congresso e a polarização ideológica que ainda marca o cenário político nacional.