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BOA ESPERANÇA DO NORTE: Legislativo ‘nasce’ sob embate e com atendimento ‘peculiar’

Entre a disputa para formar uma mesa única e acusações de roubo de projeto que definiria o aniversário da cidade, a primeira formação da Câmara Municipal de Boa Esperança do Norte foi marcada por intensos embates entre a base do prefeito, Calebe Francio (MDB), e a oposição, liderada dentro da Câmara pela vice-presidente Danielly Peters (DC).

Nas sessões, realizadas toda segunda-feira às 19h no salão alugado, a custo de R$ 12 mil, em frente à Praça Central onde se ergue a Igreja Nossa Senhora Aparecida, padroeira da cidade, cuja imagem foi presenteada pelo deputado estadual Dilmar Dal Bosco (União) dois dias após a Justiça decretar que Boa Esperança deixara de ser distrito e virara município os parlamentares enfrentam desafios para consolidar a estrutura do novo legislativo.

A formação da mesa diretora foi um campo de batalha. Os nove vereadores eleitos começaram divididos, cinco da base do prefeito e quatro da oposição, que apoiavam o candidato derrotado Demétrio Cavlak Garcia, vice-presidente estadual do DC. A oposição detalha que foi preciso muita luta e até ameaçamos montar outra chapa para mostrar à população que não vamos aceitar a imposição de uma mesa única pelos cinco vereadores da base do prefeito.

A disputa não se limitou apenas à composição da mesa: houve também um acirrado debate sobre a definição do feriado municipal. Um projeto, baseado em estudos históricos, defendia o dia 15 de junho, data que remete ao início da vila e à inauguração de uma placa pela família Francio , mas a bancada da situação empurrou um projeto alternativo que fixou o aniversário em 29 de março. Eu estudei a história e propus 15 de junho, pois essa data tem um peso importante para a nossa comunidade. Mas a bancada insistiu em 29 de março, mesmo sabendo que essa data sempre cai na Quaresma, o que não favorece a participação popular, em um município em que pelo menos 80% da população é católica, lamenta a vice-presidente da Câmara, Danielly Peters (DC).

Atendimento peculiar

O ambiente da Câmara é também palco de um atendimento bastante peculiar. Sem gabinetes fixos, os vereadores recebem os munícipes em suas próprias casas, aproximando-os do Legislativo, mas evidenciando a precariedade da estrutura. As sessões são abertas ao público e, graças a essa proximidade, a população acompanha tudo como se assistisse a uma novela das 21h. A vereadora Rayara Faleiros (PL) detalha que a falta de espaço ou de gabinetes não impede o atendimento aos moradores: Vamos às casas e, muitas vezes, fazemos reuniões em um café. Não deixamos de atender ninguém, disse ela, tendo assumido o cargo após o correligionário se licenciar.

A vice-presidente da Câmara, ressalta que, apesar dos esforços para manter a transparência e a proximidade com a comunidade, é urgente que o poder público intervenha para que possamos ter um espaço próprio, com gabinetes adequados, para receber os munícipes e atender às demandas da população.

A disputa interna também se reflete na busca por recursos. Sem um prédio próprio, a Câmara depende de repasses. O orçamento destinado ao Legislativo gira em torno de R$ 300 mil mensais, representando cerca de 6% dos recursos do município, que, por sua vez, funciona com um orçamento total de R$ 55 milhões. Cada vereador, dos partidos que compõem a Câmara MDB, União Brasil, PL e DC busca em sua base os recursos necessários para que possamos, futuramente, constituir nosso próprio prédio. É um trabalho em conjunto, mas que depende muito de emendas e da articulação política, afirma Marcão (MDB), presidente da mesa diretora.

Barbara Sá/ Redação Gazeta Digital

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