Nome forte do União Brasil, o atual governador de Goiás, Ronaldo Caiado, foi elogiado pelo chefe do Executivo de Mato Grosso, Mauro Mendes, como candidato à presidência em 2026. Contudo, o gestor não tem uma definição sobre qual candidato pretende apoiar, principalmente diante da possibilidade de disputar o Senado no palanque de bolsonaristas.
“Está muito distante ainda. O Caiado é um nome importante, um político de longa data no país. […] Um cara que já foi senador, deputado, candidato uma vez, ele tem, no mínimo legitimidade, capacidade para postular esse cargo”, destacou.
Caiado é pré-candidato a presidência da República pelo União Brasil e afirma que concorrerá mesmo contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e com parte de seu partido alinhado a Lula. A data para o lançamento oficial da pré-candidatura é 4 de abril de 2025, às 9h, no Centro de Convenções de Salvador (BA).
Questionado se participaria do evento, Mendes se esquivou e disse que deve analisar a agenda e que está com grande quantidade de compromissos, mas reiterou que tem “simpatia” pelo colega de sigla.
“Eu tenho feito algumas conversas até em Brasília, ouvi lá algumas pessoas. Existe hoje ainda uma certa indecisão por conta de que o presidente Bolsonaro pode ou não pode, será ou não será [candidato]. Quem que vai herdar esse espólio, se ele não for? Ele diz que será candidato. Então, é um momento ainda de muita incerteza”, refletiu.
Diante da insistência ao tema, Mendes decretou: “Eu prefiro deixar esse cenário de 26 para o ano de 26. […] A minha prioridade não é falar de política nesse momento. A minha prioridade é fazer gestão”, finalizou.
O governador Mauro Mendes esteve no ato de 16 de março em Copacabana, convocado por bolsonaristas em prol da anistia aos condenados pelo 8 de janeiro e posou para foto ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e a esposa, a primeira-dama de Mato Grosso, Virginia Mendes. Em sua rede social, escreveu: “estamos no RJ junto do presidente @jairmessiasbolsonaro no ato em favor da anistia. É preciso contestar decisões totalmente desproporcionais, enquanto os verdadeiros criminosos são beneficiados com a frouxidão das leis”.
A atitude foi vista como um aceno a ala de direita e aos bolsonaristas, principalmente diante do desejo do governador a -pleitear uma vaga no Senado em 2026.
Redação Mariana da Silva/Gazeta digital
