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Deputada Coronel Fernanda lidera debate sobre soluções para a crise humanitária Yanomami


A situação crítica da saúde no território Yanomami voltou a ser tema de debate na Câmara dos Deputados. Nesta terça-feira (25), a deputada federal Coronel Fernanda (PL-MT), coordenadora da Comissão Externa que acompanha o caso, promoveu uma audiência pública para discutir a efetividade das ações governamentais e deliberar medidas emergenciais para a região.

Durante a sessão, o representante da Associação Ypassali Sanöma, Mateus Sanöma, fez um apelo emocionado, relatando a situação crítica enfrentada pelos povos Yanomami.

“A saúde está se agravando e temos muita preocupação nesse momento e gostaríamos de passar isso para vocês. A malária tem aumentado terrivelmente, nós estamos assustados. Estamos pensando que podemos entrar em um novo caos. A malária não está controlada. A malária está crescendo cada vez mais”, alertou.

Segundo dados do Ministério da Saúde, mais de 33 mil casos de malária foram registrados na Terra Indígena Yanomami em 2024, um número superior à população total estimada pelo IBGE no Censo de 2022, que é de aproximadamente 27 mil pessoas.

Durante a audiência, a deputada expressou preocupação com a eficiência das medidas adotadas pelo governo federal. “Os números são absurdos e mostram que os bilhões anunciados pelo governo não estão chegando para quem realmente precisa”, criticou Coronel Fernanda.

A parlamentar destacou que 44% dos infectados são bebês e crianças de até nove anos. “É uma tragédia anunciada. Enquanto se fala em proteção dos povos indígenas, a realidade é que as crianças Yanomami continuam sem assistência básica de saúde”, afirmou.

Deliberações e próximos passos – Entre as principais decisões tomadas na audiência, ficou definida a realização de uma nova sessão pública no Norte do país, provavelmente em Manaus, para ouvir profissionais e lideranças que acompanham diariamente a crise na região. Além disso, a comissão pretende realizar uma diligência in loco na Terra Indígena Yanomami até o mês de maio.

Outro ponto de destaque foi a solicitação formal para que o Ministério dos Povos Indígenas forneça detalhes do plano de operação lançado em fevereiro de 2024, que previa ações emergenciais para combater a crise. “Precisamos de transparência e respostas concretas. Esse dinheiro está sendo bem aplicado? Quem está fiscalizando?”, questionou Coronel Fernanda.

A crise – A crise humanitária no território Yanomami foi decretada em 2023, levando o governo federal a anunciar um investimento de mais de R$ 1,2 bilhão para enfrentamento da situação. No entanto, para a deputada Coronel Fernanda, os avanços ainda são insuficientes. “Os indígenas precisam viajar cerca de 345 km até Boa Vista para conseguir atendimento médico. Isso é desumano”, concluiu.



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