Conteúdo/ODOC – A diretora de uma escola municipal em Várzea Grande foi afastada do cargo após ser denunciada por maus-tratos, tortura psicológica e violação de direitos fundamentais de crianças, especialmente daquelas com deficiência.
A denúncia foi encaminhada ao Ministério Público Estadual (MPE) e à Ouvidoria Geral do Município, acompanhada de um áudio que registra gritos e ameaças dirigidas a uma criança dentro da unidade escolar.
Segundo o documento, os abusos praticados pela diretora, identificada pelas iniciais V.A.S.S., ocorrem de forma sistemática e reiterada, não se tratando de um episódio isolado. Relatos apontam que a gestora costuma gritar diariamente com os alunos, muitas vezes em tom agressivo pelos corredores da escola. O tom de voz é descrito como ameaçador, autoritário e opressor, gerando medo generalizado entre os estudantes — especialmente entre os mais vulneráveis, como aqueles com necessidades especiais.
Ainda de acordo com a denúncia, a diretora utiliza uma régua ou objeto de madeira para bater com força sobre a mesa da sala de aula ou da direção, em um gesto de intimidação, provocando terror psicológico e choques emocionais nas crianças.
Na gravação de áudio feita dentro da escola é possível ouvir a diretora gritando com uma criança, que chora desesperadamente. “Encosta aí, encosta!”, diz ela. “Você quer ir para aquele quartinho escuro?… então vou te levar!”, continua.
“Você quer que eu amarre você? Vou pegar a corda e te amarrar. Vou pegar uma injeção… a enfermeira está chegando com a injeção, junto com a polícia”, ameaça.
O documento também menciona que a diretora já foi alvo de outras queixas, incluindo relatos de agressões físicas, como tapas, e humilhações públicas. Professores da unidade teriam relatado, ainda, episódios de intimidação e perseguição por parte da direção, contribuindo para um ambiente de medo e silêncio dentro da escola.
Por meio de nota oficial, a Prefeitura de Várzea Grande, através da Secretaria Municipal de Educação, confirmou o afastamento da servidora e informou que ela poderá responder a um Processo Administrativo Disciplinar (PAD), conforme prevê o Estatuto do Servidor Público.
A pasta também informou que está prestando apoio psicológico à família da criança envolvida e colaborando com as investigações. “A Secretaria de Educação afirma que não tolera nem aceita maus-tratos em suas comunidades escolares, especialmente contra os estudantes”, conclui o comunicado.
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