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Mato Groso investe em Infraestrutura para fortalecer o agronegócio


Os fortes investimentos do Governo de Mato Grosso na infraestrutura, em todas as regiões do estado, foi destaque na edição desta quarta-feira (29) do jornal Estado de S.Paulo.

Em entrevista ao jornal, o governador Mauro Mendes falou das perspectivas da produção para este ano e também sobre a moratória da soja.

Leia a íntegra da reportagem:

O Mato Grosso tem se consolidado como uma potência no setor agropecuário, reconhecido por sua vasta área cultivável, tecnologia de ponta e liderança na produção de commodities agrícolas. O Estado responde por quase um terço da produção nacional de soja, com a safra 2024/2025 estimada em 46,1 milhões de toneladas — um aumento de 17,3% em relação ao ciclo anterior.

a legislação brasileira não terá acesso a incentivos fiscais. Caso o Supremo considere essa norma inconstitucional, estamos preparados para debater e buscar outras alternativas. Respeitamos o STF, mas não concordamos com essa decisão e seguiremos firmes em nosso compromisso com o cumprimento da lei.

Agro Estadão – O Pacto de Conformidade da Soja, apontado como alternativa à Moratória da Soja e que terá o projeto piloto em Feliz Natal (MT), é uma solução para manter a competitividade da soja no aspecto de sustentabilidade?

Mauro Mendes – A maioria dos produtores do nosso agronegócio trabalha dentro da legalidade, sem desmatamento ou práticas ilícitas. Infelizmente, menos de 2% cometem irregularidades, o que acaba ganhando mais destaque. A iniciativa em Feliz Natal, com visitas às propriedades para identificar os motivos dos embargos, é positiva, mas temos que ter clareza que a maioria dos nossos produtores age corretamente.

Agro Estadão – Sobre segurança no campo, há discussões para ampliar ou aprimorar o programa Tolerância Zero contra invasões?

Mauro Mendes – O programa está muito bem estruturado e coordenado, não à toa o placar é absolutamente importante de 50 tentativas de invasões e 0 que obtiveram eficácia. Esse programa continua, está fortalecido e nós vamos garantir segurança jurídica e tranquilidade para quem trabalha e produz. 

Agro Estadão – Como o senhor avalia o processo de demarcação de terras indígenas em Mato Grosso e o impacto no agro?

Mauro Mendes – Os indígenas de Mato Grosso têm todo o nosso respeito, ocupando 14% do território do estado. Boa parte,porém, vive sem o apoio adequado do Governo Federal ou da FUNAI. O problema não é a falta de terra, mas a ausência de políticas claras que respeitem suas escolhas. Um exemplo positivo é o dos povos Kalite e Parecis, que cultivam 21 mil hectares de soja e milho em apenas 2% de suas terras, que totalizam mais de 1,2 milhão de hectares. Lá, eles produzem, têm qualidade de vida e não dependem de esmolas ou da ajuda de governos. Esse é o modelo de política que precisamos desenvolver.

 



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