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Mauro defende expulsão de PMs presos por morte de advogado: “vamos cortar na carne”


Conteúdo/ODOC – O governador Mauro Mendes (União Brasil) se manifestou nesta quinta-feira (6) sobre as prisões dos policiais militares envolvidos no assassinato do advogado Renato Gomes Nery, de 72 anos, morto a tiros em julho de 2024. Os mandados de prisão foram cumpridos durante a Operação Office Crimes – A Outra Face, deflagrada pela Polícia Civil.

Em um vídeo publicado nas redes sociais, Mendes afirmou que a Polícia Militar já instaurou um procedimento interno para investigar os servidores. Caso a participação deles no homicídio seja confirmada, ele garantiu que todos serão expulsos da corporação.

“Esses policiais terão o direito de se defender, mas se forem culpados, serão expulsos e receberão o mesmo tratamento que qualquer um que comete crime. Reafirmo minha confiança na grande maioria dos nossos profissionais, que arriscam suas vidas diariamente para proteger a população. Parabéns à Polícia Civil pelo trabalho exemplar”, declarou o governador.

Mendes também ressaltou a importância do Programa Tolerância Zero e destacou a necessidade de combater a criminalidade dentro das próprias instituições de segurança. “Vamos trabalhar. Tolerância zero para dentro e para fora”, reforçou.

Prisões e investigação

Ao todo, foram cumpridos seis mandados de prisão temporária e dois de busca e apreensão. Entre os presos estão os sargentos Leandro Cardoso e Heron Teixeira Pena Vieira, o cabo Wailson Alesandro Medeiros Ramos e o soldado Wekcerlley Benevides de Oliveira. O caseiro Alex Roberto de Queiroz Silva, apontado como o executor do crime, também foi detido.

As prisões ocorreram no Batalhão de Rondas Ostensivas Tático Móvel (Rotam), em Cuiabá, e em uma chácara em Várzea Grande, de propriedade do sargento Heron, que era utilizada pelo grupo. A Polícia Civil apreendeu a pistola calibre 9 mm usada no crime, além da motocicleta utilizada pelo atirador para fugir.

Renato Nery foi assassinado no dia 5 de julho de 2024, em frente ao seu escritório, na Avenida Fernando Corrêa da Costa, em Cuiabá. Socorrido e submetido a cirurgia, o advogado não resistiu aos ferimentos e morreu horas depois. As investigações da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) apontam que o crime foi motivado por uma disputa por terras.



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