Conteúdo/ODOC – A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga o contrato de estacionamento rotativo em Cuiabá revelou uma situação alarmante: a ausência de fiscalização do contrato com a CS Mobi por mais de oito meses. O presidente da CPI, vereador Rafael Ranalli (PL), afirmou que a descoberta causou “estranheza” e acendeu um alerta sobre a gestão do serviço.
O contrato foi assinado em dezembro de 2022, mas o fiscal só foi nomeado em setembro de 2023. O servidor designado, Clóvis de Oliveira, revelou em depoimento que sequer sabia da nomeação e que, ao tomar conhecimento, permaneceu no cargo por apenas nove dias.
Durante o depoimento à CPI, Clóvis relatou que descobriu sua nomeação em uma conversa informal com um colega. “Eu comentei que o contrato era complicado, e ele me disse: ‘Você é o fiscal titular’. Eu fiquei surpreso porque ninguém tinha me avisado oficialmente”, relatou Clóvis.
Segundo ele, chegou a informar ao secretário de Agricultura, Francisco Vuolo, que não tinha capacitação para assumir a função, mas a designação permaneceu sem ajustes.
Após a curta atuação de Clóvis, a responsabilidade de fiscalização foi repassada para a Arsec (Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos Delegados). Agora, a CPI pretende convocar o responsável pelo contrato na Agência para esclarecer os procedimentos adotados.
Ranalli destacou a gravidade da situação: “É inadmissível que um contrato desse porte, que impacta diretamente a população, tenha ficado sem fiscalização adequada por tanto tempo. Vamos aprofundar as investigações para entender onde houve negligência e responsabilizar os envolvidos”, afirmou o vereador.