Conteúdo/ODOC – O prefeito de Cuiabá, Abílio Brunini (PL), saiu em defesa da decisão de encerrar os chamados “feriadões” no calendário escolar da rede municipal de ensino. A medida, anunciada recentemente pela Secretaria Municipal de Educação, foi alvo de críticas de servidores, mas, segundo o gestor, trata-se de uma questão de equidade entre os setores público e privado.
“Descanso é merecido para todos, seja na rede pública ou privada. No entanto, quando esse benefício não é concedido no setor privado, não há razão para mantê-lo no serviço público”, afirmou Abílio durante entrevista nesta quarta-feira (7).
A mudança no calendário escolar foi oficializada pelo secretário municipal de Educação, Amauri Monge, que informou que as escolas da capital não terão mais emendas de feriados no segundo semestre, com exceção dos feriados nacionais. Estavam previstas duas emendas: uma no Dia do Servidor Público, em 28 de outubro, e outra no Dia da Consciência Negra, em 20 de novembro — ambas foram canceladas.
De acordo com a prefeitura, o objetivo é evitar transtornos à rotina das famílias cuiabanas. “Não é razoável que a criança fique em casa enquanto os pais precisam trabalhar”, justificou o prefeito. “Escola é lugar de formação, de educação, não um abrigo.”
Abílio também reforçou que o calendário escolar deve seguir, no mínimo, os 200 dias letivos exigidos por lei, e que não há limite máximo determinado pela legislação. Para ele, a medida deve ser mantida até o fim de sua gestão.
O prefeito ainda minimizou as queixas de servidores públicos, argumentando que a remuneração mensal não está atrelada ao número de emendas no calendário. “O servidor tem direito ao salário no fim do mês. A emenda foi uma prática adotada em outras gestões, mas não será mantida durante os quatro anos do nosso governo”, concluiu.