Conteúdo/ODOC – O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União), afirmou nesta sexta-feira (7) que não pretende realizar obras para melhorar o fluxo de trânsito na Avenida Historiador Rubens de Mendonça, conhecida como Avenida do CPA, em Cuiabá. Segundo ele, o tráfego na região está próximo da normalidade, e as obras inacabadas do Bus Rapid Transit (BRT) causam impacto considerado mínimo.
“Na Avenida do CPA, há poucas obstruções, não tem tantas assim, são pouquíssimas. O trânsito flui quase com normalidade, e as obras existentes hoje causam um impacto pequeno”, declarou Mendes ao ser questionado por jornalistas sobre possíveis medidas paliativas para a região.
O governador também afirmou que o governo estadual não tem uma solução imediata para o impasse envolvendo o BRT e que está aguardando uma resposta do Consórcio BRT, responsável pelas obras, após a notificação de rescisão de contrato enviada na quarta-feira (5).
“Nós apertamos esse consórcio de todas as formas possíveis, demos as oportunidades necessárias, mas tudo na vida tem um limite. Chegamos a esse limite, vamos esperar uma resposta deles, e eu darei essa resposta a vocês”, disse Mendes.
Obra inacabada e impasse jurídico
Até o momento, apenas 18% das obras do BRT foram concluídas. O governo pagou cerca de 24% do valor total do contrato, estimado em R$ 468 milhões, sem incluir os custos da aquisição dos ônibus. O contrato foi rescindido após o consórcio descumprir prazos, não cumprir o cronograma previsto e atrasar pagamentos a fornecedores, apesar de receber repasses do governo em dia.
A troca do projeto do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) pelo BRT foi uma decisão do governo estadual em 2020. A licitação do novo modal foi concluída em 2021, e as obras tiveram início em 2022, com prazo para conclusão até outubro de 2024, o que não foi cumprido.
