Com a nova Portaria 4389/2023, fabricantes de EPI agrícolas se submetem a avaliações. A segurança dos trabalhadores rurais durante a Aplicação de agrotóxicos tem evoluído significativamente com o avanço dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI) agrícolas. Segundo o pesquisador Hamilton Ramos, do Instituto Agronômico (IAC) e diretor do Centro de Engenharia e Automação (CEA), esses equipamentos têm incorporado novas tecnologias que elevam sua eficácia.
No Brasil, Ramos coordena há 17 anos o programa IAC-Quepia, parceria público-privada que promove testes de qualidade em EPI agrícolas. Nesse contexto, ele afirma que o esforço reduziu drasticamente a taxa de reprovação desses produtos, que caiu de 80% em 2010 para menos de 20% atualmente. O laboratório do programa, sediado em Jundiaí (SP), é o único da América Latina com capacidade para realizar ensaios de conformidade internacionalmente reconhecidos.
Com a nova Portaria 4389/2023, fabricantes de EPI agrícolas precisam submeter seus produtos a avaliações de qualidade a cada 20 meses, além de manter os testes completos a cada cinco anos. Aqueles que obtêm aprovação no IAC-Quepia recebem o Selo IAC de Qualidade, um importante aval para o setor.
Além de liderar iniciativas no Brasil, Ramos participa de um consórcio internacional com oito países, incluindo EUA e Alemanha, e colabora na atualização de normas ISO específicas para vestimentas e luvas protetivas na agricultura. “O trabalhador rural brasileiro está cada vez mais seguro e não sabe”, comenta. “Entretanto, a exigência pelo ensaio completo de certificação de qualidade a cada cinco anos continua a valer”, explica o pesquisador.
Agrolink – Leonardo Gottems
Publicado em 29/04/2025 às 14:16h.